segunda-feira, 27 de abril de 2009

Eu vi você voar!


Alucinação! Eu vi você voar!
Esperei com uma lágrima teimosa você se adentrar nas nuvens.
Vidro escuro e um barulho ensurdecedor, eu vi você voar!
Eu vi você voar, meio embaçado, é verdade, desputando um pedacinho para o adeus,
MAS EU vi você voar!
Vizinhos em minha mãe, amada. Muito perto mas muito distante, eu vi você voar!
Debruçada sobre o negro refletor da saudade, que me impede de te dar o beijo que seria último a poder te dar por este longo, breve tempo, hesitei em deixá-lo tão só e tão desprotegido que como somente eu, ou uma mãe poderia proteger-te.
Eu vi você voar, no mais negro pesadelo que pode ter, eu vi você voar!

Para Nelson Tadeu,
Marcia Regina